James Bay esteve na Suíça para tocar no Gurtenfestival (17) e teve uma conversa – de músico para músico – com a Romaine Muller, a cantora novata que estava para tocar em seu primeiro festival. O encontro foi um pouco antes do James subir ao palco e você confere a entrevista traduzida logo abaixo;
James: Oi! Como você está?
Romaine: Oi, obrigada. Bom, estou um pouco nervosa.
James: Isso é legal. E este, talvez, é o lugar mais bonito que eu já toquei. É emocionante.
Romaine: Sério? Quando você chegou?
James: Ontem. Chegamos de Portugal. Quando olhei pela janela, esta manhã, eu não acreditava no que via. Que vista!
Romaine: Eu tenho algumas perguntas. Estou interessada no início de sua carreira. Onde foi que tudo começou? Digo, quando você finalmente decidiu se tornar um músico?
James: Você é musico, também?
Romaine: Sim.
James: Quando eu tinha onze anos, eu decidi que eu queria tocar guitarra. Eu aprendi e descobri que era a coisa mais legal do mundo. Eu queria provar a mim e ao mundo que eu podia tocar guitarra. Eu me lembro quanto obsessivo eu era… Mas me lembro também que uma vez perdi o interesse, não sei por quê… Mas sabe, música é isso, é ser paciente. risos
Romaine: Sim. Exatamente.
James: Aí eu quis fazer um progresso.
Romaine? Então você compôs suas próprias coisas?
James: Sim! Todas músicas são compostas por mim.
Romaine: Quantos anos você tinha quando começou a escrever?
James: 13 ou 14 anos, talvez. Eu estava interessado em ouvintes. Queria que todos ouvissem minhas músicas. E eu quis tentar…
Romaine: Onde você tocou pela primeira vez?
James: Foi em um pub.
Romaine: Tinha quantas pessoas lá?
James: Talvez 10, 20… Não lembro.
Romaine: Mas você já tinha suas próprias canções?
James: Era mais covers na época. Eu não tinha meu próprio material, como muitos. Mas eu adorava tocar música… E isso foi evoluindo ao longo do tempo. Eu dizia que não queria um ‘emprego’ real e aí comecei a tocar.
Romaine: Isso é engraçado. Sempre que falo: “Um emprego de verdade” as pessoas me perguntam: ‘Mas o que seria um emprego de verdade?” risos Você já trabalhou?
James: Ah, sim… Já trabalhei em alguns bares, mas era difícil. Você sempre tem que estar atento… Mas meu chefe me apoiou e deixava eu sair no sábado para tocar. risos
Romaine: E quem mais te apoiou?
James: Minha família e meus amigos. As pessoas que sempre acreditaram em mim. Meus pais queriam saber como eu iria ganhar dinheiro, mas isso demora um tempo… Você precisa trabalhar muito pesado e ter fé. As vezes é necessário ter um pouco de arrogância e um certo orgulho.
Romaine: Certo. Orgulho. Isso é necessário mesmo. Quando você vê certas coisas, você fica pensando: “Mas que merda é essa?”. Mas aí você tem que se olhar e pensar: “Eu sou boa, não importam o que digam!”
James: Sim. Isso me ajudou muito… Aos 21 anos eu trabalhava num bar e aos 22 eu tinha um manager e um contrato, mas acho que não suportaria muita coisa se não fosse esse pensamento.
Romaine: Então, aos 21 você já tinha tudo meio que planejado?
James: Pode se dizer que sim. Sabe, quando me sento e olho pra tudo, sei que amo o que faço… Amo fazer musica. Se tiver 30 pessoas numa sala e uma só gostar da minha música é o suficiente pra mim. É tudo o que eu preciso pra seguir em frente.
Romaine: Bom, John Newman estará tocando em um dos palcos principais… É verdade que você já o apoiou?
James: Sim, por um tempo.
Romaine: Seu primeiro álbum se chama ‘Chaos and The Calm’, o que o inspirou para por este título no álbum?
James: Eu queria uma coisa que refletisse o sentimento de todas as músicas… Tem uma coisa de fuga para o ‘caos’ e uma certa calma depois…
Romaine: Certo. É preciso muito caos e muita calma e descanso. Um segue o outro.
James: Sim, igual uma turnê. risos
Romaine: Você fica nervoso antes do seus shows?
James: Um pouco.
Romaine: O público é do bem! risos
James: Sim! risos
Romaine: Foi um prazer conversar com você, James. Obrigada!
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